Liga - Final da 1ª Volta
Às 17 jornadas, é justo que faça um pequeno balanço da Liga.
Depois de, na época passada, o tema ter ocupado boa parte da discussão futeboleza, este ano parece que as dúvidas se desfazem: o campeonato não está nivelado por baixo; existe antes substancial salto qualitativo no que respeita aos plantéis dos ditos pequenos, para além de sair reforçada a ideia de que as equipas de "segunda linha" - com o Sp. Braga à cabeça - estão prontas para tomar de assalto os lugares aquecidos dos grandes, sempre que a oportunidade surgir. Num passado recente, Boavista conseguiu um campeonato, o Sporting conseguiu dois (!!!) e até o Vitória de Setúbal conquistou uma Taça de Portugal. Fica o alerta para o Benfica e seu rival directo: haja cautela, estudo dos adversários, muito trabalho e, acima de tudo, bom senso na hora de reforçar o plantel. Um bom treinador, com metodologia adequada, e savoir faire na gestão dos recursos humanos é fundamental - acabaram-se os tempos dos Octávios Machados, dos Quinitos e dos Josés Romões.
Ainda a respeito desta presente Liga, destaco umas quantas curiosidades que me levam a associar cada vez mais o futebol à arte. No caso, à arte interpretativa, dada a abundante troca de papéis entre as equipas em competição. Primeiro, vejo-me obrigado a sublinhar o papelão do Penafiel, até agora impecável a fazer de "Estrela da Amadora" da época. Perfeito. Se trocassem de estádio e de camisolas, ninguém daria pela diferença. Depois existe o próprio Estrela a interpretar o "Belenenses" do costume. A continuar assim - início promissor, pontos amealhados e alguma consistência (aparente) no conjunto -, este Estrela ainda vai acabar por desmoronar-se e terminar a época a acender velinhas à Senhora da Porcalhota para que os adversários percam todos por mais que três golos na última jornada e a equipa damaiense conquiste os 3 pontos com uma goleada por, pelo menos, 7 a 0. Já os do Restelo teimam em fazer de Académica. Assim sendo, das duas uma: ou contratam um Nelo Vingada (ou derivados), ou acabam na Liga de Honra. Eu torço pela segunda hipótese. Aliás, acho-a bem provável. Já a Académica faz dela própria. Outra coisa não seria de esperar - é uma equipa personalizada, com uma filosofia de jogo bem vincada; uma espécie de Robert de Niro do cattenaccio. Depois existe o Vitória de Guimarães a dar o toque de comédia que, num volte-face com ingredientes de déjà vu, pode reeditar o épico - com suspense - do ano passado. Porém, este ano não tem Manuel Machado a fazer o story-board... Esperemos que tenha duplos.
3 Comments:
No passeio pelos pequenos nos ultimos 12 anos esqueceste o Beira Mar, 1 Taça e o benfica/apaf 1 campeonato(?!!??!).
O filme está incompleto: Falta o Sr. das Orelhas a fazer de Papa (com Guardas Abéis e tudo), o seu pasquim a fazer de Carlos Janela e uma das meninas do Velasquez, rosadinha e rechunchuda, a fazer de treinador de futebol. Mas entendo-te: Como os actores são tão maus, melhor esquecer...
E ainda não te falei da Carolina Salgado a fazer de Linda Lovelace, do Polga a protagonizar o Desaparecido em Combate nem do Quaresma no próximo filme do Kusturica...
Enfim, orçamentos curtos... só chega para a curta-metragem.
PS - Apre, não sei se já te disse, mas acho que és uma ameba. De qualidade, mas ameba na mesma.
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