Sub 21 - primeiras impressões
Estas notas são dadas com ressalva: o primeiro jogo foi contra a França, que tem uma belíssima equipa. O golo francês também foi obtido com alguma sorte...
Notas negativas:
-Nelson. Não me parece que, neste momento, tenha estofo para este nível de competição. Cada vez mais ganha forma de flop, depois de uma época muito boa no Boavista e de um início de temporada fulgurante no Benfica... Dos piores portugueses em campo.
-Hugo Almeida. Outra promessa cada vez mais próxima do flop. Burro a jogar na área, não dá uso ao físico. Muito pouco paraum ponta-de-lança que, quanto a mim, até podia ser escolha para os AA (se Postiga o foi...).
-Quaresma. Inconsequente e pouco pragmático. Se fizer os restantes jogos assim, ninguém irá lembrar-se que Scolari o deixou de fora da convocatória.
-Agostinho Oliveira. O meio-campo português está bem recheado e é difícil escolher as peças: Nani, Moutinho, Manuel Fernandes, Raul Meireles... Porém, num jogo destas características, julgo que Fernandes era uma das soluções mais indicadas. Depois, no ataque, deixou Lourenço para solução dos últimos cinco minutos. Errado. Lourenço devia ter entrado mais cedo. E a entrada de Varela só se justificaria com a saída de Hugo Almeida.
Notas positivas:
-João Moutinho. Uma maravilha vê-lo jogar. Talvez a selecção AA venha a sentir falta de um cérebro-trabalhador como este. O melhor português.
-Diogo Valente. Este rapaz tem raça e bons pés. O FC Porto fez uma boa contratação, sem dúvida.
De resto, a equipa não esteve mal. E os franceses têm mesmo uma óptima equipa, muito madura, bem rotinada e com vários jogadores de alto nível. Segue-se a Sérvia...
48 Comments:
Pois eu mantenho: acho que a França tem uma equipa poderosíssima. Daí que Portugal não tenha feito um bom jogo.
Basicamente de acordo. Mas, apesar de tudo, o meio campo não conseguiu jogar. Mérito francês em grande parte, mas... o futebol directo também não funcionou (julgo que houve alguma desorientação dos jogadores ofensivos). Enfim, não foi uma estreia brilhante. Que sina! :(
Por melhor que seja a equipa da França - e é - a Portugal terá que se exigir mais. Pode ser que a derrota ajude a pôr os pés no chão e ver que lá por termos grandes jogadores e dois 'reforços' dos AA, não vão ser favas contadas.
Só mais uma coisa: Na sua altura falou e re-falou-se do Deco jogar na selecção portuguesa, mas o Nélson e o Rolando são tão portugueses como o brasileiro. Pior: O Nélson só está cá há um par de anos. Abrindo-se precedentes destes não vejo razão para não naturalizar e convocar Derleis, Liedsons, Andrés Madrids ou outros que andem por aí.
Isto já sem falar em questões éticas, ou seja, se a Federação deveria fomentar os interesses de jogadores e empresários que apenas pretendem valorizar os seus passes numa selecção que lhes dá mais visibilidade. O Nelson e o Rolando rejeitaram há poucos meses jogar por Cabo Verde. Deve ser pelo arrepio na espinha que lhes dá quando ouvem 'A Portuguesa'. Enfim.
Essa conversa das nacionalidades já chateia. Agora, quem nasce em território nacional tem o monopólio do patriotismo (seja lá o que isso fôr) e da ética nacionaleira.
Tenham dó, se calhar, repito, se calhar, o Nélson, o Rolando ou o Obikwelu, sentem tanto ou mais do que eu "A Portuguesa" e são mais portugueses do que todos nós juntos. Perante a lei, eles são isso mesmo: portugueses, nem muito nem pouco, portugueses, só.
Considero que, para lá dos locais de nascimento, a selecção deve ser representativa de um determinado conceito, de determinados valores. E isto pode ser concretizado por onze ucranianos.
Ora, quantos daqueles miúdos franceses nasceram ou têm origem em países como Congo, Senegal, Marrocos, Algéria e assim? É por isso que deixam de representar os franceses com dignidade?
Bem pelo contrário.
Mais: eu, enquanto português pouco sentido e pouco convicto, não quero ser confundido com "Os Portugueses" que, após eliminarem uma equipa francesa do último europeu sub-21, desancaram no balneário a euforia reinante.
Ou com os mesmos portugueses que tiveram uma participação miserável nos Jogos Olímpicos, vincado a sua atitude arruaceira e muito pouco desportista.
Mas já não me importo de ser confundido com um Obikwelu, por exemplo.
O debate sobre a naconalidade está no bom caminho. E, parece-me, o que o Edson diz só vem completar o raciocínio do Férenc. De facto, não se vê razão para "nacionalizar" jogadores que tenham condições e demonstrem vontade de representar Portugal. Mas falamos agora de Nelson e Rolando como podíamos falar de Makukula ou de outros que inclusivamente conquistaram os mundiais de sub-20 em 1989 e 1991. A questão de Deco só foi tão barulhenta por se tratar de um jogador "famoso", logo, criador de polémicas - deu nas vistas, o tuga pôs-se a pensar e, já se sabe, quando o tuga pensa... Sobre "patriotismo" até podíamos pôr a coisa em termos práticos: os grandes ídolos da "geração de ouro" (Figo e Rui Costa) quantos títulos de clubes ganharam em Portugal? E durante quantos anos representaram clubes portugueses? E qual o motante total pago em impostos para Portugal? Bem sei que é irrelevante, não é por isso que são menos portugueses. Mas se fizermos esta pergunta em direcção a Deco percebe-se onde quero chegar.
Onde se lê "para nacionalizar" deve ler-se "para não nacionalizar".
Ah, também não estava a perceber. A questão do Deco é, do meu ponto de vista, uma bacoquice pegada. O que acho lamentável é que um país de emigração tenha estas tiradas xenófobas. Já quanto a naturalizar o Helton, ora bem, parece-me que a opção da nacionalidade é individual, tem a ver com o sentimento do indivíduo e não com uma vontade colectiva radicada em outros interesses - isso realmente seria nacionalizar (conceito que em princípio não se aplica a pessoas).
Por que não? São os tempos modernos...
Mas não me importava que o Helton se naturalizasse, não senhor.
Não sejas tão civilizado...
Caro Edson, não deves ter percebido o que quis dizer. Explico outra vez: O caso de um Nani que também só agora teve a nacionalidade e o de um Nelson são diferentes. Nem a do Deco ou do Nelson são comparáveis.
'A selecção deve ser representativa de um determinado conceito, de determinados valores. E isto pode ser concretizado por onze ucranianos.' De acordo, pode. Mas poupemos as demagogias: O interesse da selecção em nacionalizar jogadores que nada tenham a ver com o País é desportivo, o deles é financeiro. São esses os valores que defendes? Então vamos fazer como o Bahrein e contratar quenianos a 100,000 € para correr por nós nos jogos Olímpicos. Vais ver que aprendem o hino num instante e até metem a mãozinha no peito. É isso?
O que questiono é que um Nelson que chega a Portugal há 3 anos e recusa representar Cabo Verde porque a selecção Portuguesa lhe dá mais prestígio e faz o seu valor de mercado subir em flecha, seja capaz de entender esses conceitos e representar esses valores.
Apenas estou contra o aproveitamento de uma instituição como a selecção nacional, representativa, como tu dizes 'um determinado conceito, de determinados valores' para albergar interesses desportivos ou financeiros, de uma forma tão descarada e 'subterrânea' como no caso do Nelson e do Rolando (muito mais do que no caso do Deco, a meu ver). Para já não falar de não ter havido quase nenhum replexo na comunicação social. Deve ser por serem de uma ex-colónia africana e como tal ainda é Portugal...
Enfim, se acreditas que o Nelson e o Obikwelu sentem mais 'A Portuguesa' do que tu, ou estás a ser ingénuo ou és espanhol. Mas duvido que sintam mais do que eu ou do que a maioria.
A naturalização do Helton não serviria de muito. É brasileiro e como tal tem estatuto de igualdade e direito, por isso não conta como estrangeiro, para o FC Porto. E como também já jogou nas selecções jovens do Brasil dificilmente poderia jogar por Portugal. De qualquer maneira, gostava de ver o Madaíl e o Scolari a fazerem a mesma figura que os angolanos fizeram por causa do Chainho e do Pedro Emanuel...
Ora fpm, como sabes não é necessário nascer em território nacional para ser português (em termos de nacionalidade originária, ou seja, não estou a referir-me a nacionalidade adquirida/naturalização).
O fpm sabe muito pouco. Não ligues.
Sou espanhol, angolano, brasileiro, timorense, indiano, português, moçambicano, mexicano e samoano.
Com muito orgulho.
P.S. - Acho que, por acaso, o Pedro Emanuel e o Chaínho nasceram em Angola (no caso do Emanuel) ou são descendentes directos de angolanos.
Habilitadíssimos para representar os palancas, portanto.
Em relação ainda ao que o Férenc disse e independentemente dos patriotismos: eu acho que o Nelson e o Rolando tiveram uma atitude absolutamente normal. Puderam optar por Portugal e foi isso que fizeram. Há que ser realista e pôr as coisas em perspectiva: não fomos buscar um nigeriano para o naturalizar português. Trata-se de dois rapazes de um país onde o futebol é um desporto de rua e pouco mais. Não me parece que representar a selecção Cabo Verde (isto é ser pragmático, sem qualquer tipo de patriotismo) seja o sonho de um profissional de futebol, que jogue na Europa. Não acho que esse "aproveitamento" seja ilegítimo. Aquilo é a vida deles, como tal têm que escolher as melhores opções e aproveitar as oportunidades que lhes são dadas. Até porque, no fundo e feitas as contas, todos saem a ganhar. Acho eu. A não ser que o Nelson continue a jogar assim...
Claro.
Ainda para mais quando tanto o Nélson como o Rolando desenvolveram toda a sua carreira desportiva em Portugal.
Outro caso interessante: Manuel da Costa, central do Nancy de França, nado e criado naquele país, está agora, pela primeira vez, na selecção nacional portuguesa que compete em Toulon.
Comé Férenc, o que é que fazemos em relação ao moço?
Tens que estar mais atento, ó Edson: Tanto o Pedro Emanuel como o Chainho estariam habilitadíssimos para representar os palancas não fosse terem já representado Portugal.
Comparar o Manuel da Costa, filho de portugueses, com dupla nacionalidade e que, pelo que sei, não se tinha posto a hipótese de jogar pela França (e mesmo que tivesse essa possibilidade, não é o mesmo que Cabo Verde, digamos) ao Nelson e ao Rolando, nem vale a pena estar a levar-te a sério.
O que diz o Guitarrista é certo, mas é do ponto de vista do jogador e do seu carácter. Mas isso revela precisamente o que tenho dito: Se esperas que jogadores importados sejam 'são mais portugueses do que todos nós juntos' e que tenham os 'determinados conceitos e determinados valores' da selecção, então espera sentado.
E vamos buscar o Liedson.
Agora, a minha questão é sempre a mesma: Questiono mais a selecção por convidar esses atletas do que os censuro a eles por aceitarem. Convocar um jogador é uma decisão da selecção e não o contrário. E por isso mesmo deveria a selecção aceitá-los só porque poderão ser mais valias desportivas? Mais: Deveria haver privilégios na concessão de nacionalidade a desportistas só para jogar na selecção? Enfim. Mas não me venhas é falar de 'valores ou amor à camisola'.
Ah, e quero ver-te puxar por Angola, Irão e México...
Ora então vamos lá a saber, 'determinados conceitos e determinados valores', e quais são eles? É que estes "conceitos" indeterminados dão muito jeito até termos de os especificar... Fico à espera...
Vou puxar, pelo menos, por estes três "países": Portugal, Angola e Brasil. Eu disse, «pelo menos», porque ainda posso incluír a Espanha.
Isto não invalida que eu não puxe pelos portugueses. Mas às vezes puxo por outros: ainda ontem adorei ver a equipa francesa a jogar (como tinha gostado bastante da Suiça, por exemplo).
E tu, Férenc, antes de aconselhares outros a terem «atenção», atenta naquilo que escreves. É que o facto de já terem jogado por Portugal (os dois, nas selecções jovens, nunca na AA) não invalida a possiblidade deles representarem outra selecção.
Olha o Makukula: jogou nos sub-21 (esteve presente no Euro sub-21 em 2004) e agora vai jogar pelo Congo, donde é natural, apesar de ter vivido desde os 7 anos (se não me engano) em Portugal - é filho do Makukula, extremo que actuou no Estrela, Guimarães, etc.
Aliás, esta questão de se actuar por várias selecções não é nova. Na década de 60 (e décadas transactas, por acaso não sei em que ano se alterou a regra) houve quem alinhasse por dois países: Altafini, carrasco do Benfica, jogou pela Itália e Brasil. Luis Suarez, pela Espanha e pela Itália. Di Stéfano, pela Espanha e pela Argentina.
O Chainho e o Emanuel não podem jogar por Angola por terem deixado passar o prazer estipulado para o efeito e não por já terem representado Portugal. Capice?
O Manuel da Costa é titular no Nancy (2ª Liga) e ainda não tem 20 anos. Por isso, e como é evidente, tinha a possibilidade de jogar na equipa francesa. Ele é que não quis, preferiu Portugal.
Helena:
Conceitos para uma representação nacional (na minha visão, ressalvando que estas "coisas" nacionaleiras fazem-me alguma confusão): união, raça, qualidade, querer.
Valores (na minha visão): desportivismo, tolerância (porque o desporto permite que se defrontem raças, credos, cores e origens sem levar o chaimite atrás), respeito (pelos adversários e adeptos), responsabilidade (porque, supostamente, estão a "dar a cara" por uns quantos milhões de pessoas), sem esquecer "aquela" atitude perante a competição, essencial no desporto.
Mas isto é senso-comum, acho eu.
Ora aí está: Não sei se teve possibilidade de jogar por França ou não, pois isso depende do interesse da selecção não é? Mas a verdade é que o rapaz nem esperou perante a hipótese potencial de ser convocado por uma selecção de igual (ou superior, como se viu ontem) valor. Por isso, não percebo é a comparação com Nélsons e quejandos, que por acaso, não desenvolveu toda a sua carreira desportiva em Portugal - chegou em 2002/2003.
Em relação ao Pedro Emanuel e Chainho a situação não tem a ver só com questões administrativas: O que a FIFA quer é acabar mesmo com estes aproveitamentos de ocasião, tipo 'já não sirvo para jogar numa, jogo na outra para ir ao campeonato do Mundo, paciência'. E a autorização é decidida praticamente caso a caso ainda que existam critérios. Capice tu?
Em relação à tua questão Helena, para mim, para mim o que o Edson quis dizer com a história de 'conceitos e valores' traduz-se em algo muito simples: Orgulho. Orgulho em vestir a camisola e representar o país. E isso pode ser indepedente de onde tenhamos nascido.
Das coisas que eu mais gosto nestas discussões é de ver toda a gente a discordar mesmo quando, no fundo, acaba por estar de acordo.
Há um ponto em que me parece que o Férenc agora bateu a concorrência (embora o argumento careça de substracto, enfim, mas podes sempre aprofundar): o orgulho com que se veste a camisola. Parece-me importante que a camisola nacional também não se transforme em mais uma camisola de mercenário, ao jeito dos clubes. No entanto, Férenc, os valores sugeridos pelo Edson são, como ele diz, senso comum. para além disso, e como a História documenta, estas "troocas de nacionalidade" não são fruto da promiscuidade lusa, dos seus "aproveitadores estrangeiros" ou da modernidade. É algo que acontece e vai acontecendo, ao longo dos tempos. Concordo que se evite a mercenarização. Mas discordo da imposição de limites tendo como critério as fronteiras dos países de origem. Cada caso há-de ter a sua justificação. E nos casos debatidos e expostos parece-me que não existe qualquer tipo de pecado moral. O caso do Nelson, que tanto parece incomodar o nosso caro magiar, não é paradigma do abuso: ele chegou há 3 anos. Certo. Mas também não entrou directo para a selecção AA. Está integrado nos escalões de formação e tanto pode transitar para os principais como, como tantos, ficar pelo campinho e não chegar sequer a ostentar uma internacionalização A por Portugal. Mas podem continuar a discussão. Não estou aqui para interromper ninguém.
Num país de miscigenação espero que raça não signifique etnia. Quanto a desportivismo, isso inclui as reacções lusas à mão do Abel Xavier?
:)
Primeiro: fpm, define meias-medidas. É que, se vamos por aí, há um rol imenso de jogadores a descontar das selecções. E estamos a falar de alguns monstros sagrados.
Helena, até eu acreditei piamente (a patrioticamente, já agora) durante mais de um ano que tínhamos sido gamados e que aquilo "nunca, em lado nenhum" era mão. Mas nisso não estamos sozinhos: os argentinos ainda hoje acham que o Maradona cabeceou mesmo naquele jogo contra Inglaterra. E os ingleses ainda acham que aquele golo contra Portugal, no Euro 2004, foi mal anulado...
Ora, Helena esse é o ponto fundamental.
«Estas "coisas" nacionaleiras fazem-me alguma confusão» (como escrevi anteriormente) precisamente por esse género de episódios.
Eu não quero ser confundido com Abéis Xavieres ou Cristianos Ronaldos (quando agrediu barbaramente um iraquiano e foi expulso nos JO), por exemplo, só por ter escrito no passaporte "Nacionalidade: Portuguesa".
Como já deves ter compreendido o conceito de "raça" que eu referi não tem nada, rigorosamente nada, a ver com o de etnia, côr ou outra.
Aliás, quando eu escrevo que vou torcer por Angola, Brasil e Portugal (e, se calhar, Espanha) é porque eu quero "ser" um bocadinho destes povos e é, também, verdadeiramente sentido - ser "só" português é chato.
'Concordo que se evite a mercenarização. Mas discordo da imposição de limites tendo como critério as fronteiras dos países de origem.' Ora nem mais, é precisamente isso de que temos vindo a falar.
Consideras que o facto de ter entrado para os sub-21 e não para os AA atenua essa 'mercenarização'? Ela pode existir em qualquer escalão, desde que seja intencional. Apenas nos escalões mais jovens é menos mediática, mais subtil e por isso mais fácil de fazer e aceitar. E mais uma vez repito: Condeno mais quem selecciona do que quem é seleccionado.
Férenc, como já disse acho que estamos todos de acordo, pelo menos no que respeita à base da questão. Resumindo, há casos e casos. Há estrangeiros que conquistam o direito de jogar por Portugal e pelos quais Portugal merece exercer o direito de utilização. Há outros que, se calhar, não merecem tanto ou não têm justificação. E, no caso das camadas jovens, é esperar para ver no que dá. Pode não dar em nada ou podem vir a tornar-se símbolos da nçaõ. Quem sabe? E se um dia, daqui a dez anos, o Rolando for o símbolo da imponência dos centrais portugueses, à imagem de um Fernando Couto ou de um Jorge Costa? Acho que não vale a pena entrar em pânico. Pelo que vejo, até existe bastante bom senso, por um lado, e boa matéria prima portuguesa de Portugal, por outro - convenhamos que seria muito fácil encontrar excluídos da selecção brasileira com qualidade para jogar por Portugal (Liedson, Derlei, Adriano... é só escolher) e nem por isso se tem caído na tentação fácil de os seleccionar. Precisamente porque a massificação desse tipo naturalizações é visto como contra-natura, daí o termo "tentação".
Edson, vamos cá ver, eu até acredito que na rapidez do lance o jogador até julgue que a mão está quente por ter batido na carola do defesa em vez da bola e que foi mesmo com o braço ou a cabeça que deu na bola, ou seja, pode haver (de vez em quando) boa-fé. Claro que situações como a do Petit (presumo que sem visionamento das imagens) a dizer que foi com o tronco que jogou quando nas imagens parecia o Magic Johnson, tornam-se algo insustentáveis dada a evidência fornecida pela câmara marota (já o Cristiano é indefensável, só tinha de pedir desculpa e, sei lá, ir a Fátima a pé). Mas enfim, isto também dá colorido ao futebol.
Já viste as energias que se empregam, o esforço intelectual, a animação que as conversas ganham? É que ao verificar que de facto era mão, passar-se a discutir que, sendo de facto mão era injusto na mesma porque o árbitro não podia, pelo ângulo em que se encontrava, ter visto e assinalado a dita mão efectivamente prevaricadora, é obra! Ou seja, mais do que os intervenientes, os adeptos formam o tal substrato das selecções, animados pelo coração (com pouca visão para as manápulas dos seus jogadores, sendo experts em vê-las nos adversários), querer enunciar os valores e conceitos subjacentes à Selecção, dá origem a um exercício curioso. Não discordo com o Guitarrista quando diz que no fundo estamos todos de acordo - é, há um núcleo, mas como ves, aparentemente as mãos na bola estão fora do núcleo...
Sim, mas tu és o fpm. E isso explica muita coisa.
Está visto que a aldeia do fpm não é global...
João Moutinho fez uma grande época , mas neste jogo esteve como toda a equipa , um desastre. Não concordo em nada com a tua análise...
É normal. As minhas análises são sempre um bocado patetas.
fpm,
Consegues definir «naturais de cada país»?
Não abusem dele, va lá.
fpm, o melhor é não jogar ninguém e acaba a discussão!
Ok, fpm, como estava a gostar desta discussão, dou uma ajuda, naturais de cada país são os nascidos nesse país, suponho que teremos de excluir os que sendo naturais de um país não têm a respectiva nacionalidade.
O difícil não é definir 'naturais de cada país', mas 'nacionais de cada país'
Então e por exemplo o Nacional da Madeira? Em que é que fica?
É por estas e por outras que eu ando confuso...
Mas que é isto?
Agora também já há discussões sérias sobre futebol, neste blog??
Guitarrista, vê lá se metes mão nisto!!! :)
Esta-se mesmo a ver que o Nacional da Madeira é uma equipa ou de continentais ou de separatistas.
Já agora, viram as previsões de Tarot da SIC para o Mundial? Eu conto (a parte que vi); melhor classificação possível é o 3º lugar, jogos salvos por jogadores como Simão, Nuno Gomes, Quim e Maniche (aqui cheira-me a dedo do Veiga), de resto saibam que os astros não estão com a selecção AA. Pelos vistos com a sub-21 também não...
Não digam palavrões.
Separatista ou Nacional?
Maniche.
Pardon my french.
Não era Petit?
Não.
O que eu vi, Helena, foi o Nuno luz, em Évora, vestido de porquêro (pastor de porcos alentejano), com o capote, o chapéu de aba, o cajado, a marmita e tudo. Isso é que eu vi...
férenc, o Bardo ainda se zanga e barra os nossos IPs
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