Tuesday, July 01, 2008

Cadernos do Europeu: dantes era o Platini

Num Europeu marcado a ferro em brasa pelo fenómeno da emigração, torna-se incontornável: é preciso começar pela França, esse símbolo universal para os portugueses, em geral, e para os tugas, em particular, do “estrangeiro”. Eu, para a França (ou frrráánce em porrtüguês d’août no aut Minho), vou fazer aqui uma data de previsões e de análises bem catitas. Trés jolies.

Eu acho que a França não tem equipa para passar da fase de grupos. Muito menos, no “grupo da morte”. Mais: com aqueles velhadas em campo, era equipa para levar uma cabazada da Holanda, cheia de putos frescos daqueles que prometem muito e que depois, vai-se a ver, e valem tanto quanto o Pourrtügal. O melhor jogador da França é o mesmo do costume – provavelmente, o mais injustiçado avançado dos últimos anos -, o Henry. E estou em crer que será o único franciú a fazer o gosto ao pé. É o único com qualidade para isso. Não desgosto do Ribérry. Mas é um jogador que me faz lembrar o Sérgio Conceição. Corre por toda a equipa, remata por toda a equipa, defende por toda a equipa, cruza por toda a equipa, bate por toda a equipa, cospe por toda a equipa, reclama por toda a equipa e, no fim, acaba mesmo por se esquecer de toda a equipa. É o chamado jogador quarésmico, mas em trabalhador. Conceiçónico, portanto. Por acaso, com a velocidade e irrequietude, ficava melhor “conceissónico”, com “ss”. Se calhar fica antes assim. Tem impacto junto do leitor que percebe logo a intenção, a cena do “sónico”, “conceissónico”. Hum...

Depois tem aqueles gajos que eu ainda não percebi se são bons. Dantes a França, com os companheiros de escola do Makelelé, do Thuram, do Henry, etc., tinha gajos que pareciam bons e que, ao mesmo tempo, eram bons. Mas metade dessa equipa de quarentões já saiu da formação inicial. Por um lado, dá velocidade ao jogo. Mas, por outro, não apela tanto ao sentimento e, estou convencido, a TVI perdeu até audiências – as velhinhas preferiram ver os velhinhos enternecedores da SIC aos pulos com a selecção portuguesa a perder horas frente ao televisor a olhar para apenas meia-dúzia de “jovens” de meia idade aos pulos pela selecção lá da França. Mas dizia eu que aquela juventude toda, tipo Malouda (terá o quê? 27? 28 anos?), ainda não são jogadores completos. Nesse aspecto, o Ribérry é um fenómeno.

Depois temos o Domenech. Para já, um gajo que parece o Alan Rickman não merece respeito. Basta lembrarmo-nos do Robin dos Bosques, Príncipe dos Ladrões (lembram-se da música do Brian Adams do everything I do, I do it for you? Lembram? Ficou a rodar, sem misericórdia, na vossa cabeça? Náice... Trés jolie, trés jolie) para sabermos, desde o início, que aquele gajo tem muito mau feitio e que, mais cedo ou mais tarde, vai levar uma naifada ou coisa que lhe valha. Naifada? Ora, chamem os italianos... Não duram nem 25 minutos!

Eu acho que França não vai fazer boa figura neste Europeu. A França tem jogadores – para além do clássico Makelelé – chamados Toulalan, Mandanda ou Boumsong. Será que vamos poder vê-los no Festival de Sines? Fica a questão. Dantes, chamavam-se Platinis...

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3 Comments:

At 8:26 PM, Blogger sururu said...

Tenho as minhas dúvidas. A França é daquelas selecções que entram sempre como anti-favoritos e depois acabam por surpreender. Os analistas (onde eu me incluo) nunca dão muito por eles. Estão sempre velhos (os franceses e os analistas), retiram-se da cena internacional (os franceses) e depois voltam nas fases finais (os frnaceses e os analistas).
É provável que entrem de mansinho e depois acabem em grande, eliminando a Itália, e por aí fora, até chegarem à final com Portugal. A não ser... bem, a não ser que o Dom Enech resolva inventar, colocando um lateral a central, ou que o Ribery se lesione.

 
At 11:11 PM, Blogger Helena Henriques said...

Platinis e eliminavam-nos, e continuam a eliminar, é uma mania que lhes dá, nunca perdem connosco. Ficam na fase de grupos :)

 
At 10:05 AM, Blogger vinhas said...

Toulalan... nome fixe para uma banda rock!

 

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