Simpáticos mas um bocado falsos
Há uma lenda na terra da minha mãe que fala de um tal 'Alemão', que na realidade seria um polaco fugido de uma batalha desastrosa, que por lá se radicou e teve família da qual descenderia o meu avô. Ora si non é vero e bene trovato, e pronto, tenho simpatia pelos polacos. É certo que essa simpatia é algo prejudicada pela dinastia Smolarek. O Wlodzimierz espetou-nos uma derrota nos idos de 1986, no México - ainda por cima, sim, sim, foi no Mundial que não existiu, aquele em que a nossa selecção ficou numa terra chamada cof, cof, herrrr... Saltillo, pronto, pfffffff.
Como se isso não bastasse, vinte anos depois vem o Smolarek filho e que faz? Pois uma derrota na Polónia, por dois, sim, dois golos a um (sim, eu vi, a Amélinha marcou) e os dois marcados pelo Smolarek - num deles teve a colaboração do Costinha e do Ricardo Costa que brilhantemente chocaram um com o outro na grande área ficando estatelados no chão, o que em muito facilitou a tarefa do nosso (deles) Smolarek. Começo a suspeitar que os polacos são um bocado falsos. Depois, há um detalhe irritante, o rapaz chama-se Euzebiusz, e marcou-nos um golo que lembrava mesmo os tempos áureos do Pantera Negra. Em suma, parece de propósito para aborrecer, e aborrece. A verdade é que na fase de qualificação não conseguimos ganhar à Polónia, empatámos a duas bolas em casa no jogo da segunda mão, e o primeiro golo polaco foi uma recarga de remate de... claro, do Euzebiusz; o segundo foi uma bolinha que embateu no poste esquerdo e depois nas costas do Ricardo... provavelmente entretido a berrar com os colegas da defesa, como é seu hábito. Não bastava o nome Smolarek lembrar um Mundial que não existiu (eu não me lembro, alguém se lembra?), chamar-se Euzebiusz e ainda fazer-se notar marcando golos à Pantera Negra? Espaçoso, é o que é!
Adiante, passo então à análise da participação polaca no torneio. E pronto, a Polónia tem tudo para ser a última do grupo, até porque Portugal está noutro grupo. É isso, foram buscar o Leo Beenhakker depois do brilhante mundial da selecção de Trinidade e Tobago, e não foi para mais nada, foi para nos humilhar na qualificação. Chegaram ao torneio exaustos e fora de forma, naturalizaram o Guerreiro para fazer o golo de honra e baixaram os braços. Algo se passa com a Polónia, parece que têm alguma coisa contra nós, Lech Kaczynski assinou alegremente o Tratado de Lisboa, porreiro pá, mas afinal estava apenas à espera da primeira oportunidade para dar-lhe uma facada, por ser de Lisboa? É pá, o gajo parece-me um bocado falso, essa é que é essa.
Tenho por certo que se o Beenhakker puser o Euzebiusz a jogar contra a Croácia, o moço é capaz de se enervar e marcar, tem é de ser antes dos 55', que o rapaz precisa de aquecer muito estes dias. Mas desenganem-se, vão para casa e em último do grupo, pronto, melhor do que a participação grega, mas essa nem devia contar. Bem feita, não por não serem simpáticos, mas por serem um bocado falsos.
Labels: Cadernos do Euro
1 Comments:
Mais uma selecção eslava que sofre do mesmo mal das outras. O sucesso conquistado dá muito trabalho!
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