O verdadeiro futebol espectáculo
ou
eu se pudesse ia mesmo para treinador de bancada, que lá é que se está bem
Se pensam que vou falar do jogo de ontem a dizer que foi "épico" ou "uma batalha campal" ou que venceu a "alma lusa" talvez estejam enganados. Não sei ainda se vou ou não falar disso porque estou no início do texto e não gosto de planear em demasia o que escrevo. Mas, para já, apetecia-me falar de outras coisas. Por exemplo, apetece-me falar da pena que tenho de ver partir da competição equipas que, sem dúvida, representavam mais-valias para o adepto do desporto-rei. Uma pessoa - eu, neste caso - sentava-se para ver um jogo do México e já sabia que, mesmo ficasse zero a zero, aquilo ia valer a pena. O México foi, para mim, a selecção que melhor soube povoar as bancadas. Se há equipa que joga bonito fora do campo essa equipa é a do México. As mexicoas têm um ar muito simpático, muito agradável, muito saudável.
Lá no México chamam-me figo.
E ficam descapotáveis para as câmaras com uma grande facilidade. Nota-se que é gente boa. Há casos em que se nota muito, até. Por isso acho que, com a saída do México, vai haver gente que deixa de ver os jogos. Isto, eu estou a falar nos países com adeptos normais. Em Portugal continuará a haver audiências desde que haja programas com o Goucha e com a Rita Ferro Rodrigues e com a outra, a Sónia Araújo - que por acaso até tem ar de mexicana - e com os grupelhos que animam os bailaricos da santa terra a fazer de estrelas da música e a ir à televisão e, claro, depois pergunta-se o que é que se acha do jogo e do Ronaldo e blá blá blá. Mas já me estou a perder. Por acaso, agora que falei na Sónia Araújo, gostei muito de a ver, há uns tempos atrás, com um topezinho feito com a bandeira portuguesa. Kitsch, sem dúvida. Pirosinho, pirosinho. Mas, convenhamos, naquele busto qualquer trapinho assenta bem. Um regalo para a vista, sobretudo se pensarmos nisto como recompensa por termos que levar com o Jorge Gabriel. Que, ainda por cima, fala. E também tenho pena de ver partir as suecas. Que a selecção tenha sido eliminada já é espanto e castigo suficiente - caramba!, uma frente de ataque que, traduzida em ouro, devia andar na ordem das toneladas: Zlatan Ibrahimovic, Larsson, Ljungberg... - mas eu acho que, desse por onde desse, o público no estádio devia ser mexicoas e suecas, fifty-fifty. De vez em quando, pôr lá umas paraguaias, que também tiveram comportamento exemplar. Se forem como a sua equipa são danadinhas para o autogolo. Mas tem havido agradáveis surpresas neste mundial - para além do Paraguai, claro.
Não desfazendo das paraguaias... eu acho que não é preciso dizer mais nada.
Os americanos, que, apesar de andarem há décadas a ver filmes e a ler livros sobre o assunto, não sabem jogar à bola, têm uma claque surpreendente. Dá a ideia que o soccer lá deve ser uma espécie de desporto radical, tipo o surf ou assim. Aquilo são miúdas com cara de quem gosta de surf. Depois há aquelas que uma pessoa nem se lembra que existem. Aliás, à imagem da selecção que, com pezinhos de lã, ainda por lá anda. Fala das ucranianas, evidentemente. Que dantes eram super-exóticas e hoje em dia a gente conhece dezenas delas, todas casadas com empregados da construção civil. Mas, realmente, jogos da Ucrânia, são jogos com uma moldura humana de aspecto catita. Depois existem as equipas que a gente já sabe que são favoritas. Há sempre as brasucas, que se mexem muito e se vestem muito pouco e que, pronto, espetam o rabo e dão nas vistas. Mas essas são assim de uma onda mais tropical. Se formos numa de civilização e elegância, com alguma sofisticação, algum glamour em vez de ser só a cena da carne destapada, aí, meus amigos, não há como a pátria do cattenaccio. Abençoada terra. Podem ter um futebol muito feio, mas mulheres é com eles. Também não posso deixar de notar a prestação espanhola. Sem dúvida, acima da média. Aliás, devíamos aprender com eles, que são daqui de tão perto, e mandar para lá exemplares com apresentação semelhante - que também temos por cá muita mulher de bom recorte e rosto aprazível. Substituir aqueles monos imigrantes "tou-e na Álemãinha há binte-xinco ánus! bai pa binte-xeis" que andam sempre de roda do marido que é calceteiro ou varredor ou assim e que está sempre de copo na mão "bim pa láip-pçije ainda era garoto" e que dizem que Portugal ganha sempre por muitos - isto se não houver prolongamento; quando há, ganha por mais ainda. E, pronto, basicamente era isto que eu queria dizer. A minha lista de preferências (o factor surpresa teve peso na minha decisão, daí que a Itália não ganhe): México, Suécia, Itália, Ucrânia, EUA, Espanha, Brasil e Alemanha. As inglesas também têm atributos, mas mostram-nos com demasiada facilidade. Haja um copo de cerveja e inglesas que, daí a nada, aparecem os pares de mamas à mostra. Doidas.
Se me querem ver as maminhas têm que me dar nacionalidade inglesa.
14 Comments:
Machista, elitista, algo marialva, enfim, bem ao gosto do fpm. Dentro do género, não está mal.
Eu não disse que era mesmo ao gosto do fpm? Já vai em 4 comentários, e com montes de caracteres! fpm, perdeste a cabeça?
Antes de mais, obrigado pelos elogios. Vocês habituam-me mal.
Quais elogios???
"Machista, elitista, algo marialva, enfim, bem ao gosto do fpm. Dentro do género, não está mal."
Até com a provocação "ao gosto do fpm" denota alguma comoção com o post. Obrigado.
Completamente. E o Gana está a dominar.
Comoção.... deve ser mesmo essa a palavra certa ;)
Não vi o jogo, mas pelas estatísticas o Gana estava praticamente igual em ramates, cantos, etc, tinha mais posse de bola e aos 81' um jogador expulso. Eu diria que não se percebe o resultado - foi azar? (with a little help of the referee?)
Conto escrever mais detalhadamente sobre o assunto - o Gana foi uma equipa que me impressionou em todos os jogos. Mas parece-me que a diferença principal (azares e árbitros à parte) foi a falta de capacidade para decidir na hora da verdade. Os remates do Gana (que foram mais do que os do Brasil) saíam ivariavelmente à figura de Dida ou para fora. As jogadas eram perfeitas até à entrada da área brasileira, depois disso, perdiam-se, desorientavam-se, hesitavam... Por outro lado, o Gana defende muitíssimo bem na primeira linha (o meio-campo recuado) mas é muito frágil na defesa, propriamente dita - basta ver as recuperações de bola a meio-campo e as (não) recuperações de bola na defesa. Ora, o Brasil, com os seus Ronaldos e Adrianos e etc., de cada vez que passava a primeira linha, fazia as brasileiras ali em baixo na esplanada terem verdadeiros ataques epliépticos de prazer futeb9olístico. Para não lhe chamar "orgasmo de torcedora". Bom... mas, numa versão abreviada, é mais ou menos assim: a Amelinha na selecção do Gana era um matador sem igual. Não sei se dá para perceber a ideia.
clap, clap, clap! Grande final realmente sería Suécia - México. Por acaso sempre me interroguei porque simpatizava tanto com a Suécia. Ora aí está.
Ah... não cheguei a comentar o outro artigo do nacional ronaldismo, mas achei o post muito bom... curiosamente também nunca percebi como é que alguém pode dizer que vibra mais com a selecção do que com o clube... bom, ok, se fôr sportinguista e admissível, afinal é a única forma de torcer por algo com qualidade :P
1-0 Basta!
As italianas...ai as italianas..e as checas?
Pois, agora que vi o resumo, concordo.
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