Rei Coroado
Coroado pela imprensa e FPF, o Jorge é uma mistura de alter-ego da arbitragem e Oráculo de Delfos.
Destinado a ser o primeiro presidente da Associação de Árbitros Profissionais de Portugal, impondo um estilo ora conciliatório, ora funerário através de uma retórica que flutua entre a sensatez e a dura lei, acabou por ser coroado (como o nome indica) com a pompa e circunstância que merece.
Comenta pelo menos em dois canais de TV (não sei se em mais algum), tem coluna própria na imprensa e é sempre consultado num ou noutro caso mais difícil de perceber depois das 146 repetições em câmara lenta de 3 ângulos diferentes e que apenas aquele problema ocular dos adeptos (clubitite) impede de ver o que está à frente dos olhos de qualquer mortal.
Se deram conta da forma como trata os seus ex-colegas de profissão perceberá que só através de um golpe de Estado e do convencimento da opinião pública através da intensa repetição da sua imagem de ser idóneo e equidistante capaz de ir “até as últimas consequências” na análise do desempenho de um árbitro. Louve-se no Jorge Coroado um aspecto: ninguém gosta particularmente dele: nem Benfica, nem Sporting ou Porto. Também não conheço nenhum dos pequenos clubes que tenha demonstrado particular simpatia. Dirigentes evitam-no e nenhum dos seus pares demonstra particular apreço (Bolas! O homem escreveu um livro e não há ninguém a comprá-lo!).
Então, donde vem esta particular mediatização? Quem entronou o Coroado?
A quem serve esta imagem soberana, pairando sobre os árbitros como uma sombra, donde emana raios mais ou menos expressivos (pelo menos é assim o desenho da crónica de jornal). Porque o toleram, porque ninguém o contesta ou aponta que este Coroado é, de facto humano, imperfeito mortal como os outros (lembram-se da azia?).
Numa das suas últimas aparições televisivas e confrontado com os cinco lances que ocuparam a imprensa desportiva (os grandes ganharam, não houve golos com a mão, que chatice! Lá foram buscar as faltas), decretou que todos os lances eram passíveis de expulsão e que os árbitros deveriam agir em conformidade. O jornalista pergunta se, em caso de dúvida não deveriam ter, pelo menos o amarelo, ao que Sua Majestade recusa, numa tautologia definitiva: Se não é para exibir vermelho, mais vale não contemporizar e não mostrar nada. Que calafrio!
Razão tem o velho Maquiavel quando afirmava “Os homens raramente têm valor bastante para ser inteiramente bons ou inteiramente maus”.
Vinhas
Destinado a ser o primeiro presidente da Associação de Árbitros Profissionais de Portugal, impondo um estilo ora conciliatório, ora funerário através de uma retórica que flutua entre a sensatez e a dura lei, acabou por ser coroado (como o nome indica) com a pompa e circunstância que merece.
Comenta pelo menos em dois canais de TV (não sei se em mais algum), tem coluna própria na imprensa e é sempre consultado num ou noutro caso mais difícil de perceber depois das 146 repetições em câmara lenta de 3 ângulos diferentes e que apenas aquele problema ocular dos adeptos (clubitite) impede de ver o que está à frente dos olhos de qualquer mortal.
Se deram conta da forma como trata os seus ex-colegas de profissão perceberá que só através de um golpe de Estado e do convencimento da opinião pública através da intensa repetição da sua imagem de ser idóneo e equidistante capaz de ir “até as últimas consequências” na análise do desempenho de um árbitro. Louve-se no Jorge Coroado um aspecto: ninguém gosta particularmente dele: nem Benfica, nem Sporting ou Porto. Também não conheço nenhum dos pequenos clubes que tenha demonstrado particular simpatia. Dirigentes evitam-no e nenhum dos seus pares demonstra particular apreço (Bolas! O homem escreveu um livro e não há ninguém a comprá-lo!).
Então, donde vem esta particular mediatização? Quem entronou o Coroado?
A quem serve esta imagem soberana, pairando sobre os árbitros como uma sombra, donde emana raios mais ou menos expressivos (pelo menos é assim o desenho da crónica de jornal). Porque o toleram, porque ninguém o contesta ou aponta que este Coroado é, de facto humano, imperfeito mortal como os outros (lembram-se da azia?).
Numa das suas últimas aparições televisivas e confrontado com os cinco lances que ocuparam a imprensa desportiva (os grandes ganharam, não houve golos com a mão, que chatice! Lá foram buscar as faltas), decretou que todos os lances eram passíveis de expulsão e que os árbitros deveriam agir em conformidade. O jornalista pergunta se, em caso de dúvida não deveriam ter, pelo menos o amarelo, ao que Sua Majestade recusa, numa tautologia definitiva: Se não é para exibir vermelho, mais vale não contemporizar e não mostrar nada. Que calafrio!
Razão tem o velho Maquiavel quando afirmava “Os homens raramente têm valor bastante para ser inteiramente bons ou inteiramente maus”.
Vinhas
posted by Helena Henriques @ 4:26 PM
26 comments
26 Comments:
primeiros.
Aqui vai esta prosa do Vinhas, para mudar de assunto. Já agora Vinhas, parece-me que o Coroado é do Belenenses, e podemos é procurar os canais em que não comenta :)
:(
Isto não é a primária ó coisinho.
Prudência é saber calar, até ser tempo de falar.
...coisinha.
A malta chega-se à frente, antes que isto chegue aos cento e tais outra vez.
Bom texto, senhor Vinhas. Esqueceu-se de apontar aquela célebre visita à secretária do Coroado, com as câmaras atrás, e o embaraço do homem quando, chegado ao computador, tem um papel com letras gordas "lagarto disfarçado" ou algo do género. :) Brincadeira de coleguinhas. Mas lá que o Coroado corou, ai isso corou...
Terá sido da azia?
fpm, escreve para aí, não te acanhes.
Tás enganada, coisinha. Não me chames fpm... (nem imaginas a ofensa que isso representa à minha idónea pessoa!)
Sim sou lagarto. E no comento das 8:58 estou a falar de mim como sportinguista... não é nada contigo em especial, é prá geral.
saudações sportinguistas... doa a quem doer.
Ó fininhO, és um grande paneleiro, pá!
Iá, môm anonymos...
A culpa foi do árbitro, já disse.
Vai dormir, pá... o sono é bom conselheiro.
:) Não dói nada, fininho.
fpm, não eras tu que ias deixar de comentar aqui? Ou estás à espera da moderação de comentários? Tens 10 anos?
Vou pedir a todos os comentadores que por aqui andam e que sabem estar que, por favor, ignorem aquela ameba de lantejoulas. Se lhe dão conversa ele não se cala e, como gosta de (tentar) ofender e fazer-se ainda mais parvo do que o cúmulo que realmente ostenta, ver-me-ei obrigado a activar a moderação de comentários - o que é desagradável, trabalhoso e desmotivante para quem gosta de uma saudável picardia. O mutante ainda não percebeu que, apesar do tom, este é um blogue de gente séria. Porém, e agora falo diridindo-me mesmo ao imbecil desbocado, existe uma lista de blogues ali na faixa lateral direita. Certamente, o indigente mental encontrará melhor e mais adequado poiso para os seus vómitos psicológicos e espasmos irracionais. Não quero que desperdice a verborreia mal ajeitada numa caixa de comentários onde nunca virá a encontrar compreensão ou empatia. Na melhor das hipóteses, haverá um ou dois leitores com elevado sentido de comiseração que sentirão a pena que o inacreditável ser na verdade pode inspirar. Por mim, estou um bocado cansado deste elienígena acéfalo. Estou convicto de que não serei o único pelo que peço que aceitem a minha sugestão. Sem mais, o vosso
Guitarrista.
Agora sim Vinhas, o post está completo, desculpa a falta de jeito ;)
Bons feriado e fim-de-semana!
Obrigada Chouriço, para ti também.
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Caros Guitarriste e Helena
Por mais trabalho que dê, não punha de lado a moderação de comentários, nem que fosse por alguns dias, até que o pessoal aprenda a ter modos. Pessoalmente, não me dá prazer nenhum vir aqui e ver a caixa de comentários infestada de alarvidades, ruído e insultos. Mas isso se calhar sou só eu.
Bom post, Vinhas.
Não, não és só tu, Férenc.
E é por isso que o pedido está feito. Ignorem. Ou tentem, pelo menos. Se não resultar, activa-se a moderação. Nesta casa sempre se teve maus modos com bons modos.
Correcção: eu comprei o livro do Coroado.
Meus ricos três mil reis...
Caro Bulhão, não comprei o livro e nem me passa pela cabeça tal coisa, mas tenho uma curiosidade: como é que ele explica o caso do ChavesXSporting e que antíacido utilizou?
Bardo, espanto-me com as tuas atitudes, com a tua frieza a lidar com este tipo de situações. É Natal, porra! Haja compreensão, amizade, solidariedade entre os Homens e acabe-se com a censura! Já agora, se o slogan resultar, acabemos também com a Floribela, os Morangos e também com a TVI....o, nãããã, o melhor é num post de natal não entrar nisto porque senão tenho a Helena à perna.
Caro Vinhas, usou aquele muito conhecido antisocial. De entre a Rua de São Paulo e o Cais do Sodré, esconder-se e não falar a ninguém, nem à gente que conhecia, mudava de passeio.
Conheces as divergências entre Agências de Viagens e Companhias Aéreas? As comissões? A baixa das comissões? O Coroado trabalhava lá, por isso nada me diz que o gajo não tem nada a haver com aquilo. É uma peste que por onde passa faz estragos.
P.S.- Não quero terminar um post sem fazer uma referência à Helena e aconselhá-la a uma leitura mais pormenorizada de a última obra de Carolina Salgado, essa romancista capaz até de o arrebatamento do Ministério Público.
Visigordo, não te preocupes, o Dianabol não esqueceu o Natal, mas tem calma, deixa acabar a 1ª volta da nossa Bwin - bem sei que já não te preocupas com competições europeias mas, ainda há quem esteja hoje em pulgas; Mourinho, prepara-te, ou não :/
visigordo não sei onde fica as ruas que disseste, presumo que em Lx.
Quanto a companhias há muitas e cada um escolhe a sua...e comissões tem havido tantas que por vezes até se confundem na origem.
Não sabia que o Coroado era agente de viagens. Imaginei-o sempre um bibliotecário ou angariador de seguros.
Diz que o Sportém ficou isento... Pensei que era só na Taça de Portugal que eram beneficiados nos sorteios. Esses marialvas têm sempre uma sorte danada.
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