Thursday, July 03, 2008

Grécia

Benditos sois vós que dividistes as selecções e me confiastes a dita, a que provém do berço da civilização ocidental!

Já é sabido que, mesmo antes de Portugal ter perdido com a Grécia, não engraçava com os moços. Sempre olhei com desconfiança para um país que tem orgulho das suas ruínas! Aquelas coisas velhas, com ar de habitação social, tudo sem um telhado que proteja daquele sol tórrido, enfim…

Os gregos que se arrogam serem os construtores do pensamento ocidental e da democracia deviam era ter vergonha. Graças a eles temos de 4 em 4 anos escolher uns tipos de que não gostamos e de que nos queixamos até votar novamente. E a construção do pensamento ocidental? Tanta sabedoria para termos no fim as “Escolhas de Marcelo” num Domingo à noite, como se fosse preciso deprimir mais as pessoas.

Olhando aquela selecção, não podemos deixar de imaginar a influência da cultura grega na filosofia do jogo que executa.

O treinador, um Eleata, esperava que o título indevidamente conquistado em Portugal levasse a que os adversários os encarassem com algum respeito e temor e… não jogassem para que eles pudessem marcar o seu golito e meterem-se todos lá atrás e assim caminhar até à vitória final! Qual Parménides, esperava que tudo estivesse na mesma!

Mas nem depois do primeiro jogo tiveram a percepção da realidade. Estavam velhos e queriam regressar a Ítaca o quanto antes para uma Penélope de bigodaça qualquer!

Foi assim que levaram 9 defesas, 5 médios e 6 avançados, porque os médios gregos são só para enfeitar. Não há jogo a construir, só a estragar! Não tem um criativo, nem jogam um futebol criativo; nem sequer é catenaccio, é mesmo retranca.

Em três jogos remataram 34 vezes! Dá 11 por jogo. Nem o Aves quando andou na Bwin tinha esta média! Podem sempre dizer que os alemães remataram ainda menos, mas é preciso ver que eles acertavam na baliza.

Depois a maior parte deles é um caso de geriatria. Foi a selecção mais velha do Euro, com 9 jogadores acima dos 30 anos.

Nada de especial. Também os filósofos tinham aquele ar de sem abrigo cuja reforma não dava para ir ao barbeiro.

E foi assim que de Epicuristas à chegada passaram ao Cepticismo final.

E agora estão na caverna, como no mito e esperemos que não saiam de lá!


Vinhas

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4 Comments:

At 12:28 PM, Blogger Helena Henriques said...

Então o sistema táctico deles devia chamar-se cavernaccio.

 
At 2:12 PM, Blogger vinhas said...

E ninguém tem a lanterna...

 
At 4:20 PM, Blogger Helena Henriques said...

ohhh, então não era uma fogueira cá fora?

 
At 11:52 AM, Blogger vinhas said...

Não pá! A do Diógenes!

 

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