Haja inspiração!
Uma pessoa, para escrever, tal como para uma multidão de outros verbos acabados em “er” ou “ar” – há excepções, como “chover”, por exemplo -, precisa de uma inspiração, de um motivo. As inspirações têm fontes diversas. Grandes poetas houve que se inspiravam em ninfas do rio. Outros grandes escritores se inspiraram em ninfetas de baloiço. Eu costumo inspirar-me na ninfomaníaca do 2.º direito – isto, apesar da sua idade não muito tenra (Nabokov não apreciaria, por certo). Ora, mas isso são inspirações líricas que uma pessoa utiliza para escrever grandes obras e isso. Eu escrevo na blogosfera e para os blogosféricos. Para isto, as minhas ninfas são outras... Lá chegaremos.
Ainda sobre a origem da inspiração, temos, por um lado, o universo onírico, e, por outro, as manifestações reminiscentes. Por vezes, um universo e as outras manifestações juntam-se. Quando tal acontece é quase certo que o encontro se dá no lavabos do Campo Grande.
Quantas e quantas vezes eu sonhei com as minhas ninfas às riscas a levar cinco? E duas vezes na mesma época? E com autogolos? E penalties? E expulsões? Se hoje não tivesse visto no televisor o Caneira a executar aquela canelada acrobática para bater o Patrício e o outro, o Polga, a meter, de barriga, para o fundo da malha e aquele mesmo Patrício a cometer uma defesa penaltificada e a ser avermelhado e esse já mencionado Polga a ver passar os Messis todos do mundo em direcção à baliza sem perceber o que se passava... Se eu não tivesse revisto, julgaria que não tinha passado de mais um sonho palerma, daqueles que eu tinha nos tempos em que pessoas chamadas Leónidas e Taument vestiam a Digníssima de forma indigna. Mas, agora?! Hoje, que a Veste cai elegante sobre o pêlo de gente de bem, materializam-me assim, sem aviso, delírios e reminiscências em 90 minutos de incredulidade?!
Meus amigos... como diriam os excursionistas, “Olé!”...
Que não lhes calhe o Arsenal nos oitavos...
7 Comments:
Confundes-me: começas com ninfas, ninfetas e ninfomaníacas e depois referes nomes (sim, porque nunca foram mais que isso) como Taument e Leónidas?
Mas divago, claramente. O importante é haver inspiração para que surjam estes posts - espero mais uns quantos até final do ano.
Não irei, por certo, ter de explicar o texto... Ele está está divido em parcelas temáticas!
Confesso que amealhei desinspiração para 6 meses. Aguardo por um antídoto dos bons.
Obviamente, Diego, aquilo era uma tentativa de fazer um comentário "engraçudo".
Ao lado, como seria de esperar.
Basicamente: espero ler mais posts destes. Porque está bom, e porque seria sempre um bom sinal.
Se me permites, a qualidade do post é irrelevante. O que importa é sublinhar a nobreza, a elevação, a grandeza da fonte de inspiração!
Tenho impressão que o Férenc recupera a inspiração depressinha... 25 minutos já vai em 3... Dassssse...
Até me sinto novo!
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