Fazer refresh
Foi o que eu estive a fazer. Este tempo todo sem dizer nada foi devido à refresherização do meu computador. Para o tempo que o processo demora, chego a pensar se o nome não será inadequado. Refresh sugere qualquer coisa refrescante, enérgica, vigorosa... enfim. Agora que o refresh está feito no computador, vou aproveitá-lo para espalhar um pouco por outros assuntos do quotidiano futebolístico e seus apêndices - isto inclui, obviamente, o lançamento do livro do José Veiga, embora não conte dedicar-lhe muito mais tempo (aliás, mencionei o assunto para que depois não me venham dizer que não mencionei o assunto).
Comecemos pelo folcuporto e pelo rol de banalidades que se têm dito e escrito sobre esse aglomerado de travestis. É verdade, pronto, sou obrigado a constatar o inegável: depois de ter acreditado - na sequência daquela conjuntura vitoriosa contra tudo o que era semi-amador no campeonato nacional - que a grande diferença entre essa associação de proxenetas e o meu clube residia no aproveitamento dos pontinhos conquistados contra os fracos, admito, sissenhoras, que a equipa tem as suas qualidades. O resto já foi dito e repetido, que têm classe e bla bla bla e que são os máiores e os melhores e bla bla bla não é só de Portugal, é daqui até aos Urais e, se houver clube máior e mais forte, esse só deve existir para lá dos mares por navegar e das montanhas ainda virgens e sem pedaços de alpinistas e, mesmo assim, se esse colosso existir e os tiver no sítio, tem de prová-lo, olhos-nos-olhos com os sopranos, dentro das quatro linhas, etc etc etc, e mais não sei quê. Pronto. Contentinhos? Revelaram-se contra os maiores da Europa em Liverpool; emendaram a mão contra os maiores... de Lisboa, vá, na Luz; cumpriram com a obrigação contra aqueles turcos do guarda-redes que se distrai (alô, alô sportém!? Há ali matéria-prima para as contratações de Inverno...). Tenho dito.
Depois, o mais Glorioso e Encarnado de todos os clubes. Continuo sem perceber como é que tantos críticos apontam tantos defeitos à equipa. Sobretudo, no que respeita à chamada "irregularidade". Meus amigos, irregularidade é apontar golos em off-side ou ajeitar a bola com as mãos. Se a equipa tem ganho - e a equipa tem ganho... -, então estamos perante um caso de re-gu-la-ri-da-de. E, neste preciso momento, aposto que o Jorge Jesus está a ler isto e a pensar "sábado, vou-te comprovar-te que te enganastes". É a sina de Belém... Mas nem isso me fará retirar o que agora digo: a equipa está benzinho, no bom caminho. E até o armário sul-americano já pontapeia de cabeça para o fundo das redes, que é para isso que lhe pagam (Camacho dixit - e muito bem dixito). Há vitórias, há "conjunto" - que é como se diz nos programas de televisão quando se quer dizer "equipa" mas não se deve repetir o termo mais do que 3 vezes na mesma frase/2 vezes na mesma oração. Há jogadores com inspiração, outros que começam a mostrar talento. Falta mais qualquer coisa, pois sim - sobretudo alternativas àqueles 12 ou 13 que jogam habitualmente. E os desaires futuros darão conta dos pedaços de que o puzzle ainda carece. Mas, por ora, e excluindo os já comentados gangsters, não há equipa em Portugal a este nível. Nota positiva para o "mal menor" do apuramento para a UEFA quando já ninguém - tirando eu - o esperava. Fiquei até com a sensação que, com o Milan, passou aos oitavos-de-final a equipa mais fraca do grupo - Benfica e Shakhtar pareceram-me bem mais fortes do que aqueles célticos.
Como estamos em quadra festiva, uma daquelas em que se apela à solidariedade e à pena pelos pobrezinhos, falarei também um pouco sobre o sportém. Há crise ali? Há, sissenhoras. Mas será tão grave assim? Não me parece. A equipa, que é jovem e que quando funciona começa a exportar virtualmente 80% do plantel para tudo quanto é gigante europeu, tende a atravessar fases positivas e negativas em curtos intervalos de tempo. Não é de agora: foi assim há três épocas e há duas e a época passada. Portanto, e retomando o nosso querido tema da bipolaridade, pensem duas vezes quando ousarem rir-se da estirpe benfiquista pelos seus festejos ou pelas suas depressões. Pensem, por exemplo, no que se apregoou no início desta época e no que se fala agora; pensem no que se chamou ao Paulo Bento e no que se lhe chama agora; pensem no levezinho que resolve de vez em quando e que, quando o faz, se transforma no mais temível e portentoso avançado da península e que, quando resolve não resolver nada, se torna, pela enésima vez, na vossa maior dor de cabeça. Para além do chourinho do costume, este choro compulsivo-depressivo começa a aborrecer-me. Sinceramente. Tenham calma, rapazes. Ainda há muita excursão para fazer.
E, por agora, é tudo. Este texto foi só para desenferrujar. Mais adiante, escreverei coisas com algum interesse. Assim haja bola que o justifique.
5 Comments:
Tu querias era um Lucho no sapatinho, com trivelas e tudo :P
Dispensava as trivelas...
Travestis de côr de rosinha? ahahahahah
"Tenham calma, rapazes. Ainda há muita excursão para fazer."
Afinal quem é que andou a deitar foguetes antes da festa? Não foram os slb's?E só com um empate com o Roma! uhuhuhuh
Ãh? Mas tu ainda existes?
Nunca pior.
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