Laranja mecânica ou vodka-laranja?
Calhou-me na rifa o campeão antecipado do torneio, a Holanda. Fez o pleno, com 9 golos marcados contra 1 sofrido, joga um futebol bonito e imparável, tem estrelas quanto baste, na baliza o van der Sar, tem o torneio no papo e pode encomendar o champanhe... afinal, é treinada por Marco van Basten, o avançado que rematou de primeira contra a Rússia (sim, sim, a Rússia) no Mundial de 1988 e foi campeão europeu, o que pode ensombrar a carreira da laranja mecânica? E depois, os holandeses constituem uma claque fantástica, surgem como tulipas nos estádios, nas ruas, e sempre bem dispostos, amantes de cerveja e da mecânica da sua laranja. Afinal, têm um país cuja capital é Amesterdão, são liberais e tolerantes, tudo lhes corre bem... nem precisam de se enervar, podem fumar uns cigarrinhos para rir à vontade.
Mas as tulipas tremem sob ventos de leste, por ali anda um holandês que gostava de ser traidor. E não se importa com o remate brilhante de van Basten - já cá anda há muitos anos...
Pois Hiddink, a quem também tudo corre bem, comanda a Rússia, e acha que a laranja vai bem com vodka, coisa que uma equipa comandada por ele pode tirar de letra, mesmo que seja constituída de eslavos.
Cara laranja, o melhor é aproveitar a vodka e preparar o mundial... até porque, algo me diz, querido Van Nistelrooy, um não chega, e quanto a ti van der Sar, um frango, ou mesmo um peru, acontecem aos melhores.
Labels: Cadernos do Euro
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